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terça-feira, 10 de setembro de 2019

O Agir de Deus



O que vou contar aqui aconteceu comigo em uma segunda-feira, após um dia de trabalho estressante em que quase perdi meu emprego.

Antes de ir para casa no final do expediente eu senti a necessidade de passar em uma capela que fica bem próximo ao meu local de trabalho.

Quando entrei na capela tinha um senhor ajoelhado diante do sacrário, então eu
me ajoelhei bem atrás da última fileira dos bancos. Ali entreguei nas mãos de Jesus aquele dia de trabalho pesado, pedi que me desse força para continuar e paciência para suportar uma colega difícil de lidar. Sabe aquela pessoa que quando chega em um lugar todos querem sair? Pois é, ela é assim, eu nunca tinha tido problemas com ela, mas hoje tivemos um pequeno atrito, porém, não é sobre isso que quero falar.

Fiquei ali parado em oração durante um bom tempo. Quando aquele senhor se levantou ele passou por mim, colocou a mão direita em meu ombro e disse:
Quando Deus nos dá uma missão, devemos cumprir, por mais difícil ou estranha que seja.”

Eu não entendi nada naquele momento. Só assenti com a cabeça. Vi que os olhos dele estavam cheios de lágrimas. Ele saiu e então eu fui para mais perto do Sacrário.

“Fala comigo, Senhor!”
 
Eu vinha pedindo a Deus uma resposta sobre minha vida na empresa. Se eu deveria continuar lá ou procurar outra oportunidade, mas ainda não tinha uma resposta clara Dele.

E naquele momento Deus falou comigo. Eu estremeci.
 
“Levante-se agora e vá para a Rua...”
 
Ele me falou endereço completo. E no final disse:
 
“Lá você saberá o que fazer, pelo Espirito Santo.”

Eu fiquei perplexo naquele instante. Parecia que aquela voz gritava dentro de mim com urgência. Como um pai quando dá uma ordem a um filho!

Agora! Não pare pelo caminho com ninguém.”
 
Eu obedeci. Deus nunca tinha falado comigo daquele jeito. Pensei por um momento ser coisa da minha cabeça, mas aí me lembrei do que aquele senhor tinha me dito minutos antes.

Segui o endereço conforme Ele tinha me falado e percebi que era para o lado da linha de trem. Fui o mais depressa que pude. Parei o carro em frente a última casa da rua e olhei o número. Bati palmas. Ninguém atendeu. Eu ouvi a buzina do trem que se aproximava. Dentro de mim a voz gritou:
 
“Corra para a linha! Corra!

Eu não tive tempo para pensar. Corri e quando cheguei próximo vi um rapaz deitado sobre os trilhos. Eu aproximei dele e o segurei com força. O trem começou a buzinar mais forte à medida que se aproximava de nós. O rapaz se agarrou nos trilhos, então puxei-o com força pelos cabelos e quando vi que não conseguiria pedi a ajuda dos anjos de Deus. Um clarão quase me cegou e nós dois caímos para trás. Ele ficou tentando se soltar de mim enquanto o trem passava. Começou a me arranhar e a me morder. Foi uma luta e o trem parecia que era infinito.

Por fim, eu passei o meu braço no pescoço dele e comecei a sufocá-lo. Aí ele perdeu as forças e eu consegui mantê-lo protegido até o trem terminar de passar.
 
“Você estragou tudo,” ele me disse.

Eu não sabia o que dizer e nem o que fazer naquele momento. Tinha salvado a vida dele naquele, mas e depois? Ele iria tentar de novo, com certeza. No meu íntimo perguntei para Deus o que eu deveria dizer ou fazer. Então uma palavra veio em minha mente e eu falei para aquele jovem.

“Inocência”

Ele começou a chorar convulsivamente. Nós já estávamos de pé e olhávamos um para o outro. Eu tomei a liberdade de abraçá-lo. Estava com um certo receio, mas senti que ele precisava. Então o Senhor me falou mais.

Você não tem culpa!”
 
Ele chorou mais ainda. E depois começou a falar.
 
“Meu pai morreu há três meses e eu sempre me senti culpado, pois era eu quem iria buscar minha tia na rodoviária, mas cheguei atrasado do serviço, então ele foi no meu lugar e segundo as testemunhas, passou mal ao volante, perdeu o controle e se chocou contra um poste, vindo a falecer dois dias depois, no hospital. Se eu tivesse chegado a tempo, nada disso teria acontecido.”
 
Naquele momento eu entendi o que deveria dizer. Então contei como fui até ele e disse que Deus o amava muito. Falei que Deus me enviou até ele não simplesmente para salvá-lo da morte, mas para livrá-lo da culpa. Para curar sua ferida mais profunda.

Ele me agradeceu e depois fomos até a sua casa. Tomamos um café e desde aquele dia nos tornamos melhores amigos. Uma amizade nascida em Deus. E para concluir esta história, olha só como o agir de Deus é tremendo.

Este jovem me convidou para ser seu sócio em uma livraria de artigos religiosos, um sonho antigo dele e do seu pai.
 
Portanto, leitores desta história, nunca duvide do agir de Deus em sua vida e nunca negue a ajuda a alguém, principalmente quando Deus te pedir. Siga em frente, mesmo depois das quedas, das derrotas, das tristezas...
Há sempre um anjo disponível para cuidar de você, pois Deus é Pai e nunca nos deixa sozinhos. Aceite a ajuda dos anjos quando ela vier.

Forte abraço em Cristo Jesus.

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